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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Olórun


Olórun - em yorubá (olo = senhor+ òrun= céu) - Senhor do Céu- é o nome yorúba ao ser singular nas regiões teístas e deístas ( e outros sistemas de crença), quem é ou a única entidade no monoteísmo, ou a única entidade no politeísta. De qualquer forma , é considerado como o ser auto-existente.
  Comunicadamente chamado de Olódùmarè, é considerado o governante infinito dos céus, abrangente, e o dono de todas as cabeças. Nenhum gênero lhe é atribuído. Por isso, é comumente referido como Ele ou O (embora este se destina a abordar uma singularidade plena). O criador divino e fonte de toda energia, o canal através do qual os pensamento e ações de cada pessoa no ayé (mundo) integram com os de todos os seres vivos , induindo o próprio universo.
Olórun também tem sido diversamente concebido como sendo icorpóreo, um ser pessoal , a fonte de toda obrigação mortal existente concebível. No Almas e Angolas ele é conhecido como Zambi com sincretismo de Deus, o Senhor Onipotente.

Nomes Associados a Olórun:

  • Aditu
  • Alakoso-Orun
  • Alewi-Lese Olomoran-Okan
  • Aterrekaye
  • Awamaridi
  • Eléda
  • Eledua
  • Eledumare
  • Eledumaye
  • Oba-Ajiki
  • Oba Aiyeraye
  • Oguns
  • Olofin-Orun
  • Élédàá
  • Olódùmarè
  • Olodumaye
  • Olofin-Orun
  • Olu-Ajiki
  • Olu-Iyi 
  • Olu-Orun
  • Oluwa
  • Zambi
  Em virtude as variadas línguas africanas as mais conhecida seria Olórun e Olodumaré.
Diz a mitologia yorubá que Olódùmarè, junto com a criação do céu e da terra , trouxe para a existência as outras divindades Orixás, para ajudar ele a administrar sua criação, e a importância de cada divindade depende da posição dentro do panteão yorubá. Olódùmarè é o Deus Supremo dos yorubás, merecedor de grande reverência , seu status de supremacia é absoluto.




Ele é onipotente – tão onipotente que para Olódùmarè nada é impossível, ele é o rei cujos trabalhos são feitos para perfeição.

Ele é imortal – Olódùmarè nunca morre, os yorubás crêem que seja inimaginável para Elemi (o dono da vida) morrer.

Ele é Onisciente – Olódùmarè sabe tudo, não existe nada que possa se esconder dele; ele é sábio, tudo está ao seu alcance. Alguns estudiosos dizem que a religião yorubá, é a religião monoteísta mais antiga da humanidade.

   Olodumare não recebe cultos diretamente, porém sempre que uma divindade é cultuada em suas orações é lembrado à Olodumare para que aceite o pedido. Assim, Olodumare é infinito, ou seja, tem todas as perfeições em sumo e ilimitado grau.
A natureza é um conjunto indivisível no qual tudo está contido- a totalidade do universo está presente em todas as partes e em todos os tempos que possam ser considerados. Sem dúvida alguma, existe uma interação completa e misteriosa entre todos os elementos do universo e essa interação une o universo numa única totalidade.

Lenda da Criação do Mundo:

  Conta a lenda que no princípio dos tempos existiam dois mundos: o Orum, espaço sagrado dos orixás, e o Aiyê, espaço dos seres vivos. No Aiyê primitivo só existia água. Um dia Olodumare resolveu recriar o espaço para a humanidade que também criaria. Incumbiu, então, seu filho primogênito, Orixalá (o nome mais sagrado de Oxalá) da execução dessa tarefa. Entregou-lhe uma cabaça contendo ingredientes especiais: a terra escura inicial, a galinha de cinco dedos, uma pomba e um camaleão. A terra escura deveria ser lançada sobre a imensidão das água . A galinha de cinco dedos deveria ir ciscando a terra para alargá-la o mais que pudesse. A pomba, ao voar, orientaria a extensão da terra expandida e criaria o ar. E o camaleão, desceria para ver se a terra estava firme.Assim foi explicado e, com seu cajado (opaxorô) e a cabaça da criação, Orixalá iniciou sua caminhada do Orum para o Aiyê. Passou por Bará (Exu) e não pagou as oferendas devidas, mesmo tendo consultado Ifá e sabendo que devia fazê-lo. Em conseqüência disso, no meio do caminho Orixalá sentiu-se cansado e com sede. Parou para descansar, bebeu um pouco de emu (vinho da palmeira do dendezeiro) e, embriagado, adormeceu. Seu irmão caçula, Oduduà (mais um nome da família de Oxalá), tendo-o seguido, recolheu a cabaça da criação e levou a notícia do ocorrido a seu pai, Olodumare, pedindo a ele que o deixasse cumprir pelo irmão aquela tarefa de grande importância. Olodumare concordou e, enquanto Orixalá dormia, Oduduà criou a terra dos seres vivos. 



Depois de a galinha ciscar a terra, a pomba orientar a expansão do ar e o camaleão, que deu origem ao elemento fogo, verificar se a tarefa fora cumprida, surgiu a terra firme ou Ilê Ifé (que no idioma yorubá significa "terra que foi sendo ciscada"). Orixalá então, vendo o mundo pronto, mostrou-se arrependido do seu ato de irresponsabilidade perante o pai. E, para que não se sentisse tão humilhado Olodumare lhe deu outra tarefa de tanta importância quanto a primeira: a de criar o homem que habitaria o Aiyê. Orixalá usou o barro e a água para esculpir bonecos inanimados de todas as formas e de todas as cores. Olodumare, então, soprou a vida nas narinas dos bonecos de barro, criando os seres humanos. Esse sopro da vida é chamado pelos yorubás de emi. Estavam então criados o mundo e o homem.


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